Visão espacial ou estereoscópica

Visão espacial ou estereoscópica
Estas gravuras suscitam a questão da visão espacial: porquê e quando um objeto parece espacialmente bidimensional? De que deriva a noção de perspectiva? São também, neste caso, possíveis as ilusões?
Os dois olhos humanos assumem, um em relação ao outro, uma posição divergente; conseqüentemente, encaramos, de certo modo, o mundo exterior sob dois pontos de vista diferentes. As duas imagens, perspectivamente diferentes, são, no cérebro, unificadas. No cérebro é também percebida, para além das dimensões de comprimento e largura, a dimensão de profundidade. O fenômeno da visão espacial é inconsciente e mais de natureza psicológica do que, estritamente, fisiológica. À percepção do objeto junta-se a comparação com experiências acumuladas. A interpretação e valorização influenciam a imagem psicológica e a sua forma. Na visão espacial surge apenas uma série de ilusões raramente resultantes de razões psicológicas. Em conseqüência de novos conhecimentos, a visão espacial existe, principalmente, apenas num olho; a participação do segundo deve acentuar a profundidade e acelerar o fenômeno da visão.
Faça uma experiência ao seu sentido de perspectiva. Podem estas quatro figuras representar um mesmo corpo?  (Sim, trata-se de um cubo visto de diferentes ângulos.).
Que arestas do cubo se encontram, na realidade, à frente e quais as que se encontram atrás? A resposta nem sempre é inequívoca, porque, neste caso, há uma inversão no jogo: as mesmas arestas percebem-se ora como anteriores, ora como posteriores

 Em conseqüência, os objetos parecem diminuir à medida que aumenta a distância que os separa de nós. É por essa razão que nos enganamos quando esta experiência deixa de estar de acordo com este pressuposto.
Na figura  todas as linhas representadas são de iguais dimensões. No entanto, a linha da direita  parece ser a maior.
 
Serão as linhas verticais do mesmo tamanho? Sim.